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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Vida: um bem a ser preservado

                                     

A vida é o maior bem que possuímos. Ela é o reflexo e a presença do amor Deus que é a fonte, a origem primeira e o fim último de toda vida humana. Deus, em seu eterno amor pela humanidade, quer nos dar vida, a sua vida, vida plena para todos, sem distinção. Aliás, o amor de Deus por nós não tem limites. Avida que Deus Pai quer partilhar conosco é, antes de tudo, Ele próprio, o amor de Jesus e a vida no Espírito Santo.
Cristo nos revelou que a vida de cada pessoa é o santuário de Deus no tempo: "Vocês não sabem que são templos de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês? Se alguém destrói o templo de Deus, Deus o destruirá, pois o templo de Deus é santo" (1Cor 3,16-17).
Da concepção no útero materno até a morte natural, a vida é o grande bem a ser preservado, defendido, assumido e amado. Por isso, todo tipo de exclusão da vida humana é irreversivelmente exclusão de Deus.
O amor a Deus e o amor ao ser humano fazem parte do projeto de Deus para  a vida. São partes constitutivas do primeiro mandamento de Deus e da Boa Nova de Jesus. A vida está no coração do projeto de Deus, de Jesus e da Igreja. Ela não tem preço. É um valor inegociável. Disto a Igreja não abre mão. Somente Deus é o dono e Senhor absoluto da vida.
Com a encarnação de Cristo, que é verdadeiro Deus e homem, a vida humana foi elevada em sua dignidade suprema. Nada justifica sua manipulação. Por isso, jamais haverá verdadeiro amor a Deus sem a defesa da vida humana.
Todo progresso, todas as conquistas, todo poder e riquezas devem estar a serviço da vida, da qualidade da vida de todos, não somente de alguns. Os documentos da Igreja ensinam que o direito da posse dos bens materiais tem seus limites e pode virar hipoteca social quando a vida está em risco.
Esta posição da Igreja gera tensões e leva muitos que a defendem à perseguição e à morte diante da mentalidade capitalista de todos os tempos, particularmente de nossos dias. É por isso que a Igreja, os Evangelhos e o Cristo incomodam tanto os interesses do mundo.
Colocarmo-nos ao lado de Deus, da Boa Nova de Jesus, na comunhão com a Igreja, tem o preço de renúncias, de incompreensões, de perseguições e de morte. O bem de cada pessoa e o bem comum situam-se acima do bem e dos interesses pessoais. Só há uma razão que justifique o possuir e o produzir: saber partilhar. O lucro se justifica quando também se torna um bem social. A maioria das tensões sociais nasce da não partilha. Esta é a verdade. Os homens e as mulheres de Deus, de modo especial os profetas, os santos e, particularmente Jesus Cristo, que  fizeram deste ensinamento a sua opção de vida, foram perseguidos e, alguns deles, mortos.
Colocar-se do lado de Cristo exige um pouco mais do que viver preceitos, como apenas ir à missa, rezar, pagar o dízimo. Exige o compromisso com o destino e a sorte de todos, particularmente dos mais pequeninos e feridos de nosso tempo. E não se trata apenas de dividir um pouco dos bens materiais que possuímos. Trata-se também de dividir um pouco de nosso tempo, de nossa formação e conhecimentos, de nossa fé e de nossa própria vida no serviço a todos, partcularmente no serviço mais necessitados.
O cristão cumpre sua missão e se salva não apenas pela fidelidade ao cumprimento dos preceitos em si, mas através do seu esforço diário, na graça de Deus, para moldar sua vida a vida de Jesus. É no amor a Deus e ao próximo que se cumpre toda a lei, todos os profetas e a Boa Nova de Cristo.

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