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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Levamos o nome de Maria

                                                 

Para nós, ser legionários de Maria é uma grande honra. Mas também uma grande responsabilidade. Na história da salvação, o nome tem o significado de uma missão, de uma característica vital: Assim foi com Moisés, com Pedro e com o próprio Jesus. Ser, pois, legionários de Maria, implica num compromisso de viver a mesma firmeza inabalável da Virgem fiel. "O legionário não aceita nunca a derrota e menos ainda o derrotismo. Seria renegar Maria, assistir impassível, de braços cruzados, ao naufrágio das almas"

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Maria, segurança da fé do povo cristão

                                                    

Não se pode sequer falar de Jesus, sem ligá-lo a Maria, sua Mãe. Nem se pode falar de Maria, sem referi-la a Jesus, único fim para o qual Deus a ideou e a criou. Por isso, a fé do povo cristão está intimamente unida ao conhecimento e devoção a Maria. Tem-se notado freqüentemente que quando o povo conserva o amor a Maria, dificilmente se extravia da fé. Mas quando essa devoção vai esfriando, começa a haver as defecções e a surgir as seitas.
Não é sem razão que tais movimentos, como primeira atividade, buscam extinguir no povo esse amor à Mãe de Jesus, sob o pretexto de que Ele seria um estorvo ao encontro pessoal com Cristo ou de que as homenagens a Ela enfraqueceriam a honra a ser dada somente a Jesus. Tais idéias, às vezes, se observam entre católicos, por uma falsa visão do Ecumenismo. Como se a glorificação dada a Ela não se baseasse senão em ser Ela a Mãe de Jesus. E esquecendo que foi o Espírito Santo que lhe inspirou as palavras que proferiu no seu canto de louvor e ação de graças: "De agora em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada" (Lc 1,48). Como nos lembra o Cardeal Suenens: "Rejeitar Maria sob o pretexto de melhor honrar a Deus é rejeitar a Este. Não se conhecerá Deus tal como Ele é, enquanto não se reconhecer Aquela que tem por missão aproximar-nos de seu Amor".

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Abençoado Natal, o nosso!


Abençoado Natal aquele em que jesus nasceu para nós, entrou em nossas vidas, tornou-se o Deus de nossos corações, o nosso Salvador pessoal, o Senhor de nossas existências, famílias e posses!
Para todos os cristãos mais conscientes o Natal. Para esses, Jesus é uma realidade existencial de importância suprema. Para eles, cada Natal apresenta a grande oportunidade de reafirmar a aceitação incondicional de Jesus como Salvador pessoal e como Senhor de suas vidas. Para eles, Natal é ocasião de tomar ainda mais consciência, da beleza da personalidade e da obra de Jesus aniversariante, crescendo em admiração, encantamento e adesão crescente. Natal é ocasião propícia para solidificar mais e mais a amizade com Jesus aniversariante.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Natal


Quisera




neste NATAL

armar uma ÁRVORE

dentro do meu coração e

nela pendurar, em vez de

presentes, os nomes

de todos os meus Amigos.

Amigos de longe e de perto, os

antigos e os recentes, os que vejo cada

dia e os que raramente encontro, os sempre

lembrados e os que às vezes são esquecidos, aqueles

que conheço profundamente e aqueles que não são muito

conhecidos, a não ser na aparência...

Aqueles que sem querer eu magoei

e aqueles que sem querer me magoaram..

Aqueles que conheço sem me conhecerem,

aqueles que me conhecem sem que eu os conheça,

que me admiram e estimam sem eu saber e os que estimo

e admiro sem lhes dar a entender, todos aqueles que, de um

modo ou de outro, passam ou passaram pela miha vida.

Uma ÁRVORE de raízes profundas, que seus nomes nunca sejam,

arrancados do meu coração.

Que seus ramos sejam extensos para receberem outros ramos que irão surgir.

Que sua sombra seja muito

agradável, para que nossa amizade

seja um momento de repouso nas horas

difíceis das nossas vidas, que nossos encontros

sejam sempre um ranascimento para uma vida nova,

onde possamos encontrar muito AMOR, muita PAZ,

muita FÉ, muita ALEGRIA e assim encher de vida o

"Mundo dos Homens", com apelo para que homem assuma em si

esta vida, para transmití-la aos seu irmãos e assim construiremos um

MUNDO mais humano, mais fraterno, mais justo e um pouco mais junto de

DEUS.
Receba com carinho os votos da Legião de Maria
com um Feliz Natal e um Ano Novo
venturoso e repleto de
Esperanças e realizações!

       













domingo, 11 de dezembro de 2011

Poema



                                           Oh! Mãe Aparecida

Nossa Mãe Aparecida
É Maria de Nazaré
A santa Mãe de Jesus
Eu creio, amo e venero
Com carinho, amor e fé.

Em Fátima ela apareceu
Aos três pequenos pastores
Em cima de uma árvore
Cheia de bonitas flores
Seu manto resplandecente
Brilhava em diversas cores.


Em São Paulo apareceu
A um povo varonil
Cor morena milagrosa
Cheia de belezas mil
Está no trono da graça
Padroeira do Brasil.

Mãe Maria Aparecida
Rogai pelo trovador
Abençoai meus escritos
Por vosso divino amor
Inspirai-me na doutrina
De Jesus o Salvador.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O que é a Mariologia?

                                                       

A Mariologia é a parte da Teologia que estuda e reflete sobre a Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus e Mãe da Igreja. Este estudo busca realçar o lugar eminente que Maria tem no Plano de Deus e na História da Salvação, como também os seus privilégios e, também, o culto que a Ela devemos prestar.
Tendo sido escolhida por Deus como Mãe do seu Fihlo Encarnado, Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador, e, tendo melhor do que ninguém cooperado na obra da Salvação da Humanidade, Maria merece um destaque todo especial na reflexão e na devoção da Igreja. Depois da Santíssima Humanidade do Verbo Encarnado, Ela é, seguramente, a obra prima da criação de Deus. Foi predestinada por Deus para ser Mãe do Salvador. Em previsão dos méritos de Jesus foi concebida Imaculada e repleta da Graça Divina. No Calvário foi dada

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Juventude

                                     

Jovem, Quem é o seu modelo? Quem é o seu herói ou heroína? Quem serve de inspiração para a sua vida? Mas não responda ainda.
Muitos talvez digam que é um ator ou atriz, um cantor, uma banda, um personagem político, da história, ou alguém com um estio de vida diferente. Outros dirão que seus pais, um parente ou amigo. Alguns poderão dizer que não seguem ninguém, que vivem de acordo com suas próprias convicções, o que é muito bom, desde que não seja autossuficiente. Existem também aqueles que, talvez inconscientemente, têm como ídolo o dinheiro, a fama, a posição social, o carro do ano, a roupa ou a bolsa de marca, tal marca de cerveja, enfim, tudo aquilo que possa colocá-lo em "destaque", "acima" dos outros "pobres mortais".
Para entender e mudar essa realidade precisamos saber o que acontece com a nossa sociedade. Você já ouviu falar em cultura de massa? Pensando de maneira simplificada, podemos entender que a cultura de massa transforma em produto agradável e necessário a todas as pessoas tudo o que pode gerar grandes lucros, como a música, a moeda, o comportamento. A cultura regional, local, é colocada de lado e massificam-se até mesmo hábitos e costumes estrangeiros em nosso meio. O negócio é vender e, para isso, cria-se a "necessidade" nas pessoas.
Você tem que andar na moda, ter carro zero, o celular que acabaram de lançar; ser o mais bonito, ter um corpo  escultural, ser a mais , Charmosa e sexy; ser o primeiro e o melhor em tudo. Então, surgem os "ídolos", os "modelos" que "vendem", que devem ser seguidos. E, todos nós, sem seguidos. E, todos nós, sem nenhuma crítica, seguimos eses modelos, seguimos a massa, nos sujeitando ao que os empurram goela a baixo. Então, criamos ídolose crendices, e vivemos de maneira supersticiosa.
Ídolo é tudo aquilo que é colocado como ser supremo. Pode ser um obejo que passa a ser venerado ou uma pessoa a quem atribuímos respeito excessivo. Passamos, então, à idolatria, a cultuar essas pessoas, objetos o ideias.
Superstição é um sentimento "religioso" baseado no medo e na ignorância, que nos levam ao conhecimentoe ao cumprimento de falsas crendices, a temer castigos se não cumprirmos tais exigências, e a confiar em "poderes" ineficazes. Passamos a acreditar em presságios ou adivinhações tiradas de fatos puramente casuais. É algo contrário à razão. O supersticioso acredita que certas ações (voluntárias ou não) tais como rezas, conjuros, feitiços, maldições ou outros rituais, podem influenciar sua vida de maneira transcendental.
Ao contrário, é a firme opinião de que algo é verdade, sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que depositamos na ideia ou na fonte que a transmite. Falo aqui de Deus. Na Bíblia, a palavra fé transmite a ideia de confiança e certeza: " fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se veem" (Hebreus 11, 1). Segundo Romanos 10. 17, a fé vem pelo apendizado da Palavra de Deus.
Segundo o Catecismo da Igreja Católica, a fé "é a virtude teologal pela qual cremos em Deus e me tudo o que Ele nos revelou e que a Igreja nos propõe para acreditarmos, porque Ele (Deus) é a própria Verdade. Pela fé, o homem entrga-se a Deus livremente", e não a qualquer idolozinho ou supetstição.
Então, responda agora: Quem você segue? Quem é seu modelo? Quem é o seu herói ou heroína? quem serve de inspiração para a sua vida? Mas, responda depois de pensar nessa exortação: "fugi da idolatria" (1 Cor 10, 14), porque "quem não tem Deus, tem ídolos; quem não tem fé, tem superstição" (Pe. Jean Batista E. Lacordaire, O.P.).

domingo, 20 de novembro de 2011

Cristo Rei.

''Jesus de Nazaré.                                                  .... e o fundamento de todas
Ele é filho de Deus vivo                                         as coisas. Ele é o Mestre
e o revelador de Deus invisível;                            da humanidade
o primogênito de toda criatura...                           e o Redentor.''

sábado, 12 de novembro de 2011

Rainha do Santo Rosário

                                               

A décima primeira das doze invocações de Maria como "Rainha", saúda a Mãe de Deus como "Rainha do Santo Rosário"; em latim, "Regina Sacratissimi Rosarri". Ela foi inserida oficialmente na Ladainha Laurentana pelo Papa Leão XIII, em 10 de dezembro de 1883, apesar de já ser utilizada pelo povo a mais de duzentos anos. De fato, a Ladainha e o Rosário são "devoções irmãs" que utilizam a repetição de verdades da fé como pedagogia espiritual. O sentido não está propriamente na repetição, mas na meditação e contemplação dos mistérios de nossa salvação, ou seja, no Mistério Pascal de Jesus Cristo. Este é o verdadeiro centro da Ladainha e do Rosário. Na verdade não rezamos "para" Maria, mas "com" Maria. Ela não é o destino final de nossa viagem, mas uma placa na "beira da estrada" que aponta a entrada correta para o céu! Quem já errou uma entrada sabe como a indicação do caminho correto pode ser importante, principalmente quando estamos em um país estranho.
Algumas pessoas costumam fazer críticas ao Rosário e à Ladainha. A mais comum é que se trata de uma oração monótona e repetitiva. Os que dizem isso normalmente não aprendeeram corretamente esta "técnica de contemplação". Certa vez, gravei um disco com a oração do Rosário.
Na Ladainha utilizamos a mesma dinâmica do Rosário, só que com uma variação. O Rosário nos conduz à contemplação dos diversos mistérios da vida de Cristo. A Ladainha nos leva a uma dinâmica catequese mariana, que acaba por nos conduzirao mesmo ponto: o mistério de Jesus Cristo. Por isso, essas meditações podem ser muito úteis para que a recitação desta prece não se torne monótona e automática. Maria é nossa catequista quando rezamos a Ladainha.
Outras pessoas dizem que o Rosário é uma oração ultrapassada. Será que a Ladainha também está condenada aos lábios dos idosos? Com certeza não. Já está terminando o racionalismo da modernidade que só reza aquilo que entende. A razão é um dom precioso, mas nem de longe é o único caminho para chegar a Deus. Aliás, costuma ser uma estrada mais longa e cheia de pedras. Os intelectuais sofrem ao tentar entender os mistérios do céu. Poetas e profetas chegam mais rápido. Hoje, nossa juventude tendea rejeitar as formulas artificiais da prece moderna. Por isso, muitos preferem crer de um jeito mais oriental. O corpo reza... o murmúrio é orante... a respiração nos re-liga no sagrado... Tudo em nós pede o complemento divino. É muito fácil rezar a Ladainha desta maneira. Nada de pressa. É preciso ritmo! Tente gravar a Ladainha com sua própria voz em seu aparelho de MP3 e depois rezar ouvindo-a, enquanto faz sua caminhada diária. Verá que isso lhe trará mais saúde para o corpo e para a alma.
Rainha do Santo Rosário,
 rogai por nós!

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Maria, MÃE do Deus da PAZ

                                                        

No entanto, o sonho de Paz é constante nos corações e mentes de todas as pessoas. A Humanidade almeija a paz e tem prazer em celebrá-la.
As promessas divinas mais lembradas são as que anunciam um tempo de paz: "O lobo será hóspede do cordeiro, a pantera se deitará ao lado do cabrito; o bezerro e o leãozinho pastarão juntos, e um menino os guiará" (Is 11,6). E quando do nascimento de Jesus, os Anjos anunciam a paz: "Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por ele amados" (Lc 2,14).
Jesus vem trazer a paz. Ele é a nossa paz, diz são Paulo, escrevendo aos efésios. E o próprio Jesus ressuscitado repete inúmeras vezes: A paz esteja convosco". Impressiona a frase de Jesus no Evangelho de Lucas, quando Ele chora sobre Jerusalém (19,42): Se você compreendesse hoje aquele que pode te conduzir à paz!". Jerusalém não aceita Jesus e o anúncio do Reino de Deus, reino de justiça que conduz À paz. A cidade será destruída porque não quer reconhecer, na visita de Jesus, a ocasião para mudar as estruturas injustas, abrindo-se ao projeto de Deus que é solidaderiedade, amor.
Podemos perceber como a paz verdadeira está ligada à aceitação de Jesus e sua mensagem. A paz como a humanidade sonha é fruto do amor praticado como justiça, partilha, perdão e misericórida. Quem aceitou Jesus como Maria? Ninguém. Ela é a primeira e a mais fiel discípula de Jesus. Aí está sua grandeza: "Bem-aventurada você que acreditou" (lc 1,45). Maria, pela sua fé, aderiu a Jesus de forma total e radical.
Maria se torna mãe de Jesus, Deus encarnado, e isto quer dizer, colaboradora de Deus na obra da redenção, na construção de um mundo novo de paz. Ela é a primeira na aceitação de Jesus, desde o instante em que o Anjo anuncia seu nascimento. Maria foi seguindo seu filho em sua missão e teve que que fazer a dura transformação de mãe para discípula do seu filho. Por isso, ela é bendita, porque soube ouvir e praticar a Palavra de Deus. Aí está a fonte da paz verdadeira.
São Pedro nos diz que, "Deus anunciou o Evangelho da paz por maio de Jesus" (At 10,36), e Maria, em Nazaré, por trinta anos, pode ouvir e meditar este evangelho vivo, aprendendo a viver esta paz profunda que se enraíza na união com Deus. De fato Maria era toda de Deus e, por isso, pode ser toda do povo, voltada para a vida fraterna capaz de criar a paz. Ela visita Isabel para ajudá-la, se sensibiliza em Caná e pede ajuda a Jesus para os noivos, ela está aos pés da cruz solidária, ela perdoa os apóstolos que abandonaram seu filho e se junta a eles no Cenáculo.
Maria vive os valores evangélicos que constroem a paz e, por isso, ela pode ser chamada Rainha da Paz.

Virtudes Cristãs "Esperança"

                                                        

O único fundamento de nossa esperança deve ser Jesus Cristo. N'Ele, por Ele e com Ele caminhamos contemplando, desde já, a vida eterna que é o ideal de cada ser humano.
O ser humano que vive da esperança sabe que ela é uma virtude teologal que lhe foi dada de graça, por puro amor de Deus, no dia do seu Batismo, e que é sua a responsabilidade de fazê-la crescer, alimentando-a sobre bases sólidas.
Pela esperança somos capazes de acreditar que o sofrimento, por maior que seja, vai terminar, e que o mal será vencido, e que "céus novos e terras novas" surgirão em nosso horizonte, onde não haverá mais o que é passageiro, mas o que é definitivo.
O pecado contra a esperança se chama desesperamça ou desespero. E, o meio de combatê-lo é a fé. Somente com uma fé fortalecida podemos lutar contra a falta de esperança, mesmo naqueles momentos em que a esperança parecer estar acabada e morta.
Quem crê verdadeiramente em Jesus, tem esperança e ela não falha, porque se baseia na Sua Palavra, que é viva e eficaz.
Não existe nenhum obstáculo que a espernaça cristã não supere. Com Cristo somos mais que vitoriosos!
Seria muito bom se todos nós, a exemplo de Therezinha de Lisieux, pudéssemos dizer e viver esta frase: "Espero tudo do bom Deus, como uma criancinha espera tudo de seu pai".

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Criados para a Eternidade

                    

É quase impossível passar o dia de hoje sem pensar na morte. Estamos constantemente envolvidos  por mortes naturais e mortes prematuras - causadas pela violência, pelo trânsito, por falta de recursos necessários à vida, por acidentes diversos.
Por outro lado, a celebração de Finados nos oferece profunda reflexão sobre a vida presente e futura, do hoje e do amanhã. Por mais que a humanidade queira saber e por mais que a medicina e a ciência avancem, a vida futura sempre será uma incógnita, uma incerteza. Mesmo diante dessa dúvida, a vida presente tem de ser acolhida e vivida intensamente. O único tempo que nos pertence é o presente. O passado, que pode nos deixar lições, já foi e não nos pertence mais; o futuro está nas mãos de Deus. Importa viver bem o presente. Agora é o momento em que podemos construir a felicidade para o presente e para o futuro. Não deixemos para amanhã o que podemos realizar hoje, pois o amanhã pode não chegar.
Uma certeza inquestionável: um dia, mais cedo ou mais tarde, queiramos ou não, todos teremos que passar pela morte. Ela não exclui religião, nem etnia, nem gênero; tem hora incerta, mas implacável. Desde o nascimento, estamos caminhando para ela, que nos aguarda de braços abertos. Nem sempre nos conformamos com isso.
Uma frase do escritor israelense Amós Oz é muito pertinente neste dia: "Nós vivemos até o dia em que morre a última pessoa que se lembra de nós". Ou seja, segundo ele, nós não morremos no dia do nosso último suspiro, mas quando morre a última pessoa que carrega consigo nossa lembrança. Nossos falecidos, portanto, permanecem vivos em nossa memória, em nossa lembrança. É por isso que neste dia costumamos visitar o cemitério e depositar flores no túmulo de nossos queridos. Eles nos deixaram, mas ainda os carregamos conosco na memória.
Pe. Nilo Luza

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O ESPÍRITO SANTO, Um presente do Coração de Jesus

                                                

"A missão do Espírito Santo é testemunhar quem é Jesus, levando-nos a um relacionamento correto com Ele"

O Evangelho de São João, no capítulo 13, 1 narra o seguinte: "Antes na festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a hora de passar deste mundo ao Pai, como amasse os seus que estavam neste mundo, até o extremo os amou".
Ao iniciar a narrativa da Última Ceia, o evangelista nos recorda que todas as ações de Jesus foram realizadas por amor. Na verdade o Sacratíssimo Coração de Jesus arde de amor por nós e, por amor, Jesus realizou toda a obra da salvação.
Esta obra se inicia pela Encarnação de Jesus no ventre Maria, que assume nossa condição humana, tornando-Se igual a nós em tudo, exceto no pecado; passa pela Cruz onde e nos dá Sua maior prova de amor, entregando Sua vida por nós, pois somos resgatados da escravidão do pecado, pelo Preciosíssimo Sangue de Jesus, e culmina com a sua ressurreição. No terceiro dia algo maravilhoso acontece: Jesus vence a morte, pois não era possível que ela O retivesse em seu poder.
Após Sua Ressurreição, Jesus sobe aos céus, é glorificado e derrama sobre nós um grande presente: o Espírito Santo prometido. Assim lemos no Evangelho de João 16,7: "Entretanto, digo-vos a verdade: convém a vós que Eu vá! Porque se Eu não for, o Paráclito não virá a vós; mas se eu for, vo-lo enviarei". O termo Paráclito empregado por Jesus indica aas qualidades ou funções do Espírito Santo, pois Ele é nosso advogado, ajudador, consolador e auxiliador.
Uma das Promessas do Sagrado Coração de Jesus manifestadas a Santa Margarida Maria  Alacoque, diz o seguinte:"As almas tíbias se tornarão fervorosas". É o Espírito Santo quem realiza esta obra em nós, vindo sobre nós com Seu fogo abrasador, nos deperta, retirante de nossos corações o desânimo e a frieza espiritual, gerando um novo ardor.
Ainda no capítulo 15, 26 do Evangelho de São João, lemos: "Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pài, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, Ele dará testemunho de mim". A missão do Espírito Santo é testemunhar quem é Jesus, levando-nos a um relacionamento correto com Ele. Aquele que experimenta a presença do Espírito Santo em sua vida, reconhece imediatamente que Jesus é o Senhor. Sua maior tarefa em nossas vidas, é tornar-nos cada vez mais semelhantes a Jesus Cristo, levando-nos, assim, a uma vida de santidade.
Há uma única condição prara receber este grande presente do Coração de Jesus: pedir o Espírito Santo. Façamos isso juntos: "Senhor meu Deus e meu Pai, eu me coloco diante da Sua presença e abro completamente o meu coração. Em Nome de Jesus peço que derrame sobre mim uma nova unção do Espírito Santo que transforme a minha vida e me leve a uma nova e poderosa experiência com Seu amor. Amém".

domingo, 23 de outubro de 2011

A Virgindade Perpétua de Maria

                                                     

1. "No sexto mês, foi enviado por Deus o anjo Gabriel a uma cidade da Galiléia, cujo nome era Nazaré, a uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de Davi. E o nome da virgem era Maria" (Lucas 1,26-27).
Neste texto do Evangelista São Lucas, Maria é apresentada como VIRGEM. A Santa Igreja Católica, iluminada pela Divina Revelação, crê, sem sombra de dúvidas, que Maria Santíssima, a Mãe de Deus Filho Encarnado, Nosso Senhor Jesus Cristo, é SEMPRE VIRGEM.
Ela foi virgem antes de dar à luz Jesus (VIRGINDADE ANTES DO PARTO). De fato, ao questionar o anjo Gabriel sobre a realização da concepção do Filho de Deus, Maria perguntou:"...: 'Como sucederá isso, se eu não conheço homem?'" (Lucas 1, 34). Maria, mesmo casando-se com São José, tinha feito um propósito de virgindade, aceito e condividido pelo santo esposo. Jesus foi concebido por obra do Espírito Santo, sem o concurso de São José. A este, o anjo do Senhor falou em sonhos: "...: 'José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela foi concebido é obra do Espírito Santo'" (Mateus 1,20).
O aspecto da Virgindade de Maria 'antes do parto', é o mais importante, pois refere-se diretamente à concepção de Jesus e ao Mistério da Encarnação. Mas, a integridade virginal da Mãe do Filho de Deus não foi violada pelo nascimento do mesmo. Maria foi virgem também neste momento de prodigioso nascimento (VIRGINDADE NO PARTO). O Sagrado Concílio Vaticano II, na Constituição Dogmática  "Lumen Gentium", afirma que o Filho primogênito de Maria, Jesus, "... não lhe violou, mas consagrou a integridade virginal". Além disto, após a concepção e o nascimento de Jesus, Maria permaneceu virgem para sempre (VIRGINDADE APÓS PARTO). Afirmou o Bem-aventurado João Paulo II: "Maria Santíssima é, pois, a 'sempre Virgem'. Esta sua preeeogativa é a consequência da Maternidade Divina, que a consagrou totalmente à missão redentora de Cristo".
2. A Virgindade Perpétua de Maria não significa desprezo pelo Matrimônio. Ela foi casada e mãe, poré, esposa e mãe virginal. Sua Virgindade física é sinal da sua total, radical e profunda entrega a Deus, que não tira a fecundidade da criatura que se consagra ao seu serviço, mas lhe confere uma fecundidade mais rica, ampla e profunda.
Importa colocar em evidência, també, que o fato da concepção virginal de Jesus indica que Ele, não só é vedadeiro homem, mas, também, verdadeiro Deus, e que a iniciativa da Salvação a Deus pertence (ainda que Ele solicite a cooperação do ser humano). Indica, também, a novidade que a vinda do Salvador trouxe ao mundo.
3. Maria é SEMPRE VIRGEM! Peçamos-Lhe que nos ajude a compreender o valor e a beleza da Virgindade, especialmente da Virgindade assumida e consagrada a Deus por amor do Reino dos Céus.

Ó CLEMENTE, Ó PIEDOSA, Ó DOCE SEMPRE VIRGEM MARIA!

domingo, 16 de outubro de 2011

Casa de Ouro.


Esta invocação da Ladainha não é difício de assimilar. Sabemos que Maria foi a casa escolhida por Deus para que o Seu Verbo Se fizesse Carne e habitasse no meio de nós (cf. Jo 1, 14). O ouro é o mais nobre dos metais. Muitos cálices e patenas utilizados na Missa para a Consagração do pão e do vinho em Corpo e Sangue do Senhor, são de ouro. Fico pensando que aquele metal nobre, na verdade é muitopobre, pois jamais poderá sentir o milagre que acontece ali. O ventre da jovem Maria , ao contrário, não tinha a riqueza dos palácios, mas foi o espaço mais nobre da história, onde Deus construiu Sua primeira casa sobre a face da terra: uma casa de ouro.
No tempo de Jesus, a ``Casa de Ouro´´ era, na verdade, o grandioso Templo de Jerusalém. No lugar mais íntimo estava o Tabernáculo, onde era quardada a Arca da Aliança. Diz o livro de Reisque ``tudo no Templo era feito de ouro´´ (1Re 7, 50). Por este motivo ele ficou conhecido como ``Casa de Ouro´´. A Ladainha atribui este mesmo título  à Maria por reconhecer que ela é muito, mas muito mais do que Templo de Jerusalém. A glória de Deus enchia o templo (cf. 2Cr 5,14). Mas quem lê atentamente o Antigo Testamento, percebe que Deus não estava muito à vontade no meio de toda aquela riqueza. Ele preferia o coração das pessoas. Ninguém poderia aprisionar Deus em uma casa de pedra.
É muito significativo para nós cristãos chamar Maria de Casa de Ouro. Ela é mais que o Templo de Jerusalém e infinitamente mais do que as casas de fests de Nero e todos os outros tiranos. A memória cristã jamas esquecerá os milhares de irmãos que foram sacrificados pelos caprichos de Nero. O sanque de nossos mártires transformava-se em sementes de novos cristãos.
Neste tempo, os cristãos viviam a sua fé sob a terra, no escondimento das catacumbas. Lá fora o imperador fazia suas festas...Dois mil anos se passaram. Todos os anos, na Semana Santa, o Papa faz questão de ir ao Coliseu e fazer ali a Via Sagra. As coisas mudaram. A casa mudou de dono. Lá, onde os cristãos eram perseguidos e mortos, agora o mundo assiste a prece e a devoção.
É com muito sentimento que podemos rezar esta invocação da Ladainha evocando séculos de muita fé, sangue e lágrimas.
Podemos continuar a pedir que Maria seja também a raínha da casas e famílias sejam consagradas à ela. Pode ser uma casa simples, sem ornamentos de ouro. O importante é que Deus esteja presente em cada quarto, sala e corredor. Não deixemos Deus na varanda ou na calçada, Ele quer entrar. Então, nossos lares também serão uma ``casa de ouro´´.

Casa de Ouro:
rogai por nós!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Fotos da Fundação da Curia de Mata Roma.

As oficias da Curia Nossa Senhora das Graças de Mata Roma.
                                   As oficias e o diretor espiritual da Curia.



sexta-feira, 7 de outubro de 2011

07 de Outubro: comemora Nossa Senhora do Rosário.

A festa foi instituída em 1571, pelo Papa Pio V, recordando a Lepanto, graças à oração do rosário. Aorigem do terço é antiga, mas foi incentivada por São Domingos e Santa Catarina de Sena. A oração recorda os mistérios de Cristo Jesus. Festa: 07 de Outubro. A devoção a N.Sra do Rosário de Pompéia, Itália, destruída no ano 70, pelo vulcão Veesúvio. A devoção, contudo, é recente, em fins do séc.19.

ORAÇÃO

Na terra recordamos teu gozo e tua dor, ó Mãe, que contemplamos em glória e resplendor. Ave, quando concebes, visitas, dás à luz, e levas e recebes no templo o teu Jesus. Ave, pela agonia, flangelo, espinho e cruz: a dor da profecia à glória te conduz. Ave, sobre o teu Filho, o Espírito nos vem; deixando o nosso exílio, ao céu sobes também. Cento e cinqüenta rosas, nações, vinde colher; coroas luminosas à Viegem Mãe tecer. Louvor ao Pai e ao Filho e ao Espírito  também;dos três, divino auxílio ao nosso encontro vem.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Maria, Mãe de Deus!

                                               

A Igreja neste dois mil anos resumiu as verdades sobre Maria em quatro afirmações fundamentais: ela é sempre Virgem, Mãe de Deus, Imaculada e Assunta aos Céus. Na verdade não são verdades sobre Maria. Mas encontramos no rosto da Mãe as feições do seu Filho. Quer ver? Dizer que Maria é sempre Virgem é professar a fé bíblica de que ela concebeu por obra e graça do Espírito Santo. Ou seja, aquele que dela nasceu é o Filho de Deus. Jesus é Deus. Dizer que Maria é Mãe de Deus é um pouco mais complicado. Essa é a festa que todos os anos para quase despercebida no dia primeiro de janeiro. Surgiu da afrimação litúrgica da Igreja do oriente de que Maria é Theotokos, ou seja, Mãe de Deus.
Na verdade, nos primórdios do cristianismos muitos acabavam duvidando que Jesus fosse mesmo humano. Como Deus pode Se sujeitar a um corpo mortal? É humildade demais. Por isso algumas pessoas dividiam o Cristo Deus do Jesus humano.
Quando o poeta cantou que Maria é Mãe de Deus, confundiu a cabeça dos hereges e clareou a Doutrina oficial da Igreja Católica. Não poderia mais haver separação entre a natureza humana e Divina em Cristo. Ele realmente assumiu a nossa carne. A Encarnação do Verbo não foi um faz-de-conta. Ele Se rebaixou, Se humilhou (cf. Fl, 2, 5-11), armou a Sua tenda em nosso acampamento (cf. Jo1, 14).
Maria, é Mãe do Cristo todo. Desta união inseparável do Divinocom o humano. É Mãe de Jesus Cristo. É Mãe de Deus. O Dogma não diz que Maria é aquela que gerou Deus. Apenas revela uma verdade fundamental de nossa salvação: o Divino Jesus é humano como nós.
Estes foram os Dogmas do primeiro milênio da Igreja. Contemplando as verdades sobre Maria vemos a face de Jesus que verdadeiro Deus e verdadeiro homem, sem separação, nem confusão (Dogma de Calcedônia).
No segundo milênio vieram os outros dois Dogmas. Olhando Maria Imaculada pensamos na nossa origem, onde abundou o pecado. Em Jesus superabundou a graça. Maria foi preservada do pecado original. Ela estava tão livre quando Eva para dar a resposta. O sim de Maria não foi condicionado. Nossa vocação é sermos santos e imaculados. Olhando para Maria nos animamos a perseguir esse ideal da santidade.
O Dogma da Assunção aponta para o final. Maria foi "assumida" (tradução possível para assunção) em Deus, como todos nós seremos um dia. Veja que interessante: um Dogma aponta para a nossa origem e o outro para o nosso final em Deus.
Se no primeiro milênio os Dogmas revelavam a Face de Jesus, no segundo milênio os Dogmas revelam a identidade de cada um de nós. Maria é Mãe de Deus e nossa Mãe também. Através do Batismo somos Corpo de Cristo. Fomos gerados com Jesus no ventre de Maria. Ela é a Mãe da Igreja.
Se você quiser encontrar sua identidade cristã, volte-se para contemplar o rosto da Mãe. Insisto: não se pode conhecer bem um filho se não se conhece a mãe.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Maria, escolhida por Deus para ser discípula de Jesus

                            

O Dogma da Imaculada Conceição afirma que o Segredo de Maria, a perfeita discípula de Jesus, que respondeu a Deus de maneira total, tem sua raiz na Graça. Ela recebe do Senhor um dom especial.
Maria é a grande colaboradora na obra da Salvação da humanidade. Ela é isenta de toda a culpa do pecado original. Deus, em sua bondade infinita, a encheu de graça e ela aceitou plenamente o seu plano em favor de toda a humanidade. A saudação do Anjo confirma esta realidade "Ave, cheia de graça".
Ao Anjo Gabriel, que lhe anunciava o chamado de Deus, e diante da sua específica e extraordinária vocação de se tornar mãe do Messias e Salvador, Maria aceita decididamente: "Eis aqui a Serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1,38), foi a resposta de Maria ao Anjo.
O Dogma da Imaculada Conceição afirma que Maria é pré-redimida por Cristo. Ela recebe sua Graça Salvadora numa intensidade maior do que nós, o que lhe dá forças para integrar tendências e impulsos e enfrentar o mal. Assim, desenvolve melhor sua missão de perfeita discípula, educadora e mãe do Messias, Esse "privilégio" não a transforma numa pessoa orgulhosa.
Livre interiormente, Maria desenvolve muito suas qualidades humanas, tornando-se a criatura mais Santa, mais inteira, mais "dona de si e aberta a Deus".
Maria, mulher simples, mas que tinha uma fé inabalável, doou-se totalmente a Deus e a Cristo, consagrando-se também aos Apóstolos e discípulos, as pessoas necessitadas, à Igreja já nascente, a qual ofereceu e oferece continuamente o seu humilde e poderoso serviço.
Maria é um modelo de resposta à vontade de Deus que sempre quer fazer de nós mais felizes em meio às nossas limitações do nosso dia-a-dia.

sábado, 1 de outubro de 2011

Virgem Fiel

                        

Maria foi fiel de Nazaré até a Cruz. Sua fidelidade não se resume aos momentos de festa e de alegria. Estava junto ao seu Filho durante suas andanças e pregações. Ouvia atentamente. Via seu pequeno crescer em idade, Sabedoria e Graça, diante de Deus e dos homens. A promessa do Anjo Gabriel ia se cumprindo ante seus olhos. Mas seu olhar não era como o de tantos que apenas viam no Mestre da Galiléia um multiplicador de pães, pregador eloqüente, profeta das multidões. Muitos viam n'Ele apenas estes aspectos mais exteriores. Realmente, a fé de muitos era em um Messias desta terra. Alguém que poderia até mesmo liderar o povo para vencer a opressão dos romanos. Os discípulos do partido zelota, como Pedro e Judas, acreditavam que o "Reino" havia chegado, com a vinda de Jesus. Judas preferiu acreditar em um Messias humano demais. Pedro deu provas de uma fé maior. Teve que superar as esperanças puramente terrenas para ver em Jesus um Messias que anuncia um Reino que não é deste mundo. Nem Pedro nem Judas tiveram fé suficiente para estar ao pé da Cruz. Maria estava lá. Sua fé fez dela a primeira cristã. É a única pessoa em toda a história da humanidade que participou do antes, durante e depois. Estava no tempo da Promessa, antes de Cristo. Acompanhou cada passo de seu Filho. Viveu no tempo da Igreja, inauguradaem Pentecostes. A Bíblia diz: "...e Maria estava lá!" Relamente, quem ama se faz presente. Mas o amor é expressão da fé. A fé é a visão antecipada daquilo que os olhos ainda não podem ver. É o sol que está para além das nuvens.
O Apóstolo João também estava ao pé da Cruz. Certamente foi levado por Maria. O amor o levou. A fé o sustentou. A esperança o alimentou. Quando, já na velhice, João escreveu seu Apocalipse disse um frase que resume tudo isso: "Sejam fiéis até a morte" (Ap 2,10). Ele recordava a fé da Mãe e a fé do Filho, que tinham seu momento de prova no Calvário. Maria estava de pé junto à Cruz. Chorava sim. Quem crê não perde a capacidade de sentir. Ser um cidadão do céu não significa tirar os pés da terra. Continuamos precisando do pão nosso de cada dia. Mas quem tem fé vive melhor. Quem não crê, dificilmente ama e quase sempre se desespera. A fé é aquela força interior que nos faz dar um passo a mais quando tudo parece já perdido.
É muito pobre um fé que se resume em crer nos enunciados e dogmas. Hoje há pessoas que em nome da fé matam e morrem. O fundamentalismo passa longe da fé verdadeira. Um terrorista nunca sorri com serenidade. Pessoas de fé são serenas e amorosas. Dão a vida. Jamais a tiram. Quem tem a força da fé, luta pela vida. Não permite que leis de morte imperem na sociedade. A vida é teimosa. Quem tem fé, teima em preservar a vida. Maria perseverou até o fim.
Que a Virgem Fiel nos inspire a darmos um passo a mais, da alegre Nazaré ao desafio da nossa cruz de cada dia.
Erga os olhos. O limite é o céu. Depois da nuvem, o sol continua lá... do nascente, ao poente! Mesmo na chuva, mesmo na dor.

Virgem Fiel,
Rogai por nós!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Mensageiros Divinos

                                                

Os Santos Anjos estão em contato íntimo com DEUS. Eles dedicam-se a amá-Lo, adorá-Lo, glorificá-Lo e servi-Lo permanentemente.
Os anjos fieis a Deus são chamados anjos bons. Os que se rebelaram contra Deus são os anjos maus, ou demônios, que estão soltos pelo mundo, tentando destruir o ser humano. Mas, Deus, em sua infinita sabedoria e no seu imenso amor por nós, nos envia o anjo bom, nosso Anjo da Guarda, com a missão de nos guiar pelo caminho correto, rumo à salvação. Porém, precisamos nos abrir a ele, à sua ação em nosso favor. E, como não podemos lutar espiritualmente, alguns anjos são enviados por Deus para combaterem por nós.
Os anjos que habitam sobre a proteção do Altíssimo são "os mensageiros divinos", os que trazem uma mensagem do céu para nós. E esta mensagem é de libertação de todo o mal.
São Francisco de Sales esclarece que a tarefa dos anjos é levar as nossas orações e súplicas à bondade misericordiosa de Deus, sendo que as graças que recebemos nos são dadas por Deus através da intercessão dos Santos Anjos.
Portanto, fale com seu Anjo da Guarda. Peça a sua intercessão e orientação. A sua vida não será mais a mesma.
Dia 29 de Setembro é dia dos Santos Anjos. Peçamos a intercessão desses verdadeiros adoradores de Deus Pai, para que nos conduzam, nos guardem e nos protejam.
Que assim seja.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Como está sua Caminhada?

                                        

..."Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me". Jesus confirma, neste evangelho, que não existe vida eterna sem sacrifícios, sem renunciarmos aos nossos desejos humanos e sem carregarmos nossa cruzes. Essa é a condição para conseguirmos o passaporte para a pátria celeste.
Outro ponto importante é que Jesus não escolhe ou determina quem deve ganhar a vida eterna. Quem vai definir somos nós mesmos durante nossa trajetória terrestre, de acordo com nossos atos. Mas não estamos sozinhos nesta caminhada. Jesus está sempre de mãos estendidas para nos orientar, conduzir, ensinar o caminho. "Aquele que é  Verdade e a Vida, também é o Caminho". Seguir Jesus é acreditar na sua proposta de vida, viver de acordo com o evangelho, praticando a justiça, a fraternidade, a caridade e o perdão. Seguir Jesus significa viver a plenitude do amor de Deus.
Reflita: Como está sua Caminhada?

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

JESUS, acolhedor e misericordioso!

                               

"Ele sempre Se mostrou cheio de Misericórdia pelos pequenos e pobres, pelos doentes e pecadores, colocando-Se ao lado dos perseguidos e marginalizados. Com a Vida e a Palavra anunciou ao mundo que Deus é Pai e que cuida de todos como filhos e filhas".
Ao ler o Evangelho sempre fico admirado pela maneira com a qual Jesus trata as pessoas. Ele sempre está atento às suas necessidades. Em cada momento, nos diversos lugares por onde passava, seja na Sinagoga, no Templo, entrando ou saindo de uma aldeia ou cidade, pelas estradas, na Cruz. Jesus está sempre atento às necessidades das pessoas.
Com certeza, você também, ao ler o Evangelho, já saboreou cada palavra, cada gesto de Jesus. Como é fantástico observar, em cada linha do Evangelho, a sensibilidade de Jesus para com todos os que O procuram: sejam eles leprosos; publicanos; fariseus; cegos; doentes; pecadores; pobres e pequenos; ricos; oficiais; crianças; prostitutas e até o ladrão ao lado de Sua Cruz. Jesus acolhe a todos e aponta que o caminho que leva ao Pai é o amor.
É incrível constatar que, para cada situação, Jesus tem uma palavra certeira, que vai ao encontro do mais íntimo de cada pessoa. Jesus, que passa fazendo o bem, também o faz para nós. Porque Jesus é sempre o mesmo: "Jesus Cristo é o mesmo, ontem hoje e sempre" (hebreus 13,8).
E você? Em algum momento já parou para constatar e agradecer todas as graças e bênçãos que recebeu? Já deu graças pela sua vida, que é dom de Deus? Já agradeceu pela sua família? Deu-se conta de que Deus ama você? De que Jesus está passando e fazendo o bem em sua vida?
Ele tem uma palavra para cada um de nós. Jesus nos acolhe. Ele quer o nosso bem. Ao ler os textos do Evangelho notamos o imenso amor de Jesus e Sua incansável dedicação. Ele anuncia a Boa Nova do Reino chamando todos para dele participarem. Jesus não exclui ninguém! Ele sempre está batendo à porta do nosso coração, com um desejo ardente de entrar e permanecer conosco: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e me abrir à porta, entrarei em sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo" (Apocalipse 3,20).
É necessário abrirmos a porta para que Jesus  entre em nossa casa, rm nosso coração e nos transforme completamente. Tudo muda na presença  de Jesus. Todas as situações da nossa vida podem ser transformadas por Ele. É necessário ter fé, acreditar e acolher Jesus, deixando que Ele nos instrua e nos ensine em tudo o que devemos fazer, como fazia com os discípulos que O seguiram: "Vendo que O seguiam, perguntou-lhes: 'Que procurais?'  'Mestre, onde moras:'  'Vinde e vede'. E ficaram com Ele aquele dia" (João 1, 37-39).
Olhe para o seu coração e apresente a Jesus a situação de sua vida que, neste momento, mais precisa de atenção. Ele irá tocar você com Sua Misericórdia infinita e fazer com que sinta o amor mais profundo: o Amor de Deus. Faça esta experiência e sinta como Deus ama você e está sempre à sua espera!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Rainha das Virgens



A sétima das doze in vocações de Maria como "Rainha", saúda-a como "Rainha das Virgens" (Regina Virginum).
Após os Apóstolos, mártires e confessores da fé, já nos primórdios do Cristianismo, as pessoas que optavam pelo estado de vida que Jesus escolheu começaram a ser reconhecidas por sua vocação. Aqueles e aquelas que não se casavam para dedicar-se inteiramente à comunidade, ao Evangelho e aos pobres, eram conhecidos (as) como "virgens consagradas".
Formar um família é uma vocação belíssima. Deus escolheu nascer em uma família de periferia. Porém, o próprio Jesus não formou uma família humana para dedicar-se inteiramente a fazer da terra uma grande família de irmãos. A isso chamamos opção celibatária. O normal seria se casar e ter filhos. Afinal, esta foi a ordem primordial que o Criador nos deixou: "Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou: 'Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra.' [..] Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom. Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o sexto dia" (Gn 1, 27-31).
Qual seria então o sentido de algumas pessoas renunciarem a formar família para viver algum tipo de virgindade consagrada? Em 2008, o Paps Bento 16 recebeu, no Vaticano, 500 mulheres pertecentes à Ordem das Virgens Consagradas. Apesar de existir desde o início do Cristianismo, esta Ordem foi restaurada pilo Concílio Vaticano II. Na ocasião, o Papa disse que esta vocação é um "dom na Igreja e para a Igreja" e convidou-as "a crescer dia após dia na compreesnsão de um carisma tão luminoso e fecundo aos olhos da fé, quanto obscuro e inútil para os do mundo".
De fato a vida consagrada é sempre um sinal de contradição. Em outras palavras, poderíamos dizer que é um grito profético. O profeta denuncia e anuncia. Os consagrados são profetas por meio dos votos de castidade, pobreza e obediência.
Pelo voto de castidade, os religiosos e religiosas, denunciam a idolatria do prazer e anunciam o reino da fraternidade universal. O consagrado vive antecipadamente aquilo que um dia viveremos no céu. Por isso é um sinal de esperança no meio do povo. É bonito quando todos chamam aquela mulher de "irmã" ou "madre" (mãe). Pense, por exemplo, em Madre Tereza de Calcutá ou em Ir. Dorothy Stang, assassinada em 2005. São pessoas que reconhecemos como consagreadas a uma causa justa. Ela nos ajudam a entender perfeitamente o sentido da "virgindade consagrada".
Pelo voto de pobreza, o religioso denuncia a idolatria do ter e anuncia o reino da solidariedade universal. Os consagrados não retém os bens em seu próprio favor. O que eles têm é colocado a serviço da missão. Vivem da Divina Providência e dedicam seu tempo e sua vida à causa dos mais pobres.
Pelo voto de obediencia, o religioso denuncia a idolatria do poder e anuncia o reino da disponibilidade universal. Vivemos em um mundo onde "quem pode mais chora menos". Para muitos a vida é uma corrida onde só vale a pena se "eu" chegar primeiro. Os consagrados aceitam o último lugar. Sabem que servir vale mais do que ser servido. Abrem mão de projetos pessoais em nome do bem coomum.
Você pode ter a vocação de colocar seu coração nas Mãos de Deus em total consagração. Vá em frente. Vale a pena! Pde ser em uma congregação religiosa ou comunidade de vida; mas pode ser também na Virgindade Consagrada. Procure seu Bispo. Ele pode receber sua consagração secreta. Ninguém precisará saber. Existe até um rito oficial para esta Consagração. Você não formará uma família na terra para viver um Matrimônio Místico com o Esposo da Igreja, Jesus Cristo. E não esqueça que Maria reza de um modo todo especial por você.
Rainha das Virgens,
rogai por nós!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Derrubou os poderosos e exaltou os humildes

                                              

Se esta frase estivesse escrita em qualquer livro de teologia poderia ser acusada de expressar alguma ideologia de esquerda. O fato é que é parte integrante do cântico de Maria. Está na Bíblia. E não é uma frase isolada, pois antes disso já se disse que Deus age com um braço forte, dispersando os orgulhosos, e depois dela se dirá que Deus dispersa os ricos de mãos vazias. É a subversão dos pobres de Javé que têm como última esperança o poder invencível de Deus.
Na Bíblia, essa afirmação aparece várias vezes. Confira, por exemplo, o capítulo 12 do livro de Jó: "Deus lança por terra os poderes estabelecidos". O Cântico de Ana, onde certamente Maria inspirou seu Magnificat, é mais explícito ainda: "O arco dos poderosos é quebrado, os debilitados são ungidos de força" (1 Sm 2, 4). Deus ama os pobres com a mesma preferência com que a mãe ama (e cuida) do filho doente. Aparentemente ela até esquece dos outros filhos sadios. É que seu olhar se volta para aquele filho que precisa de seus cuidados. Coisas que somente o coração de mãe entende. A Igreja é mãe. Por isso precisa fazer a opção preferencial pelos pobres, aflitos, doentes, pecadores, excluídos. Sua missão é ser "sacramento universal de salvação", ou seja, "sinal da íntima comunhão com Deus e dos homens entre si". Salvação é comunhão. A Igreja anuncia a salvação, quando combate tudo o que vai contra a comunhão, quando anuncia o amor, a paz, a solidariedade. Portanto, lutar contra toda forma de exclusão é parte da missão salvífica da Igreja. Não era esse o grande sonho de Jesus: Que todos sejam um?
Vivemos em uma sociedade de mil conflitos. A Igreja quer ser sinal de comunhão, de solidariedade. Mas não põe "panos quentes". É preciso tomar o partido dos mais fracos. Havia uma época em que se fazia uma operação preferencial pelos ricos, pelas elites, pensando que depois de formados em colégios católicos eles lutariam pelos pobres. Ledo engano. Qunatos políticos corruptos que aí estão foram nossos alunos?
Desde o Vaticano II e, na América Latina, a partir da Conferência de Medellín, em 1968, os bispos proclamaram a opção preferencial pelos pobres. Não é uma invenção nova. É assumir a opção de Deus. É entender a opção de Jesus, que não nasceu na capital, mas escolheu a periferia da periferia. Nasceu pobre entre os pobres. É preciso ter olhos de fé para ver no Profeta de Nazaré, o Filho de Deus. Seus parentes tiveram dificuldade. Maria entendia tudo, guardando cada fato no coração. A cada milagre, a cada pregação, a cada passo rumo à Cruz, e depois da Ressurreição, ela certamente cantarolava em silêncio: "Derrubou os poderosos de seu trono e exaltou os humildes".

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Rainha da Paz

                                      

A décima segunda, das doze invocações de Maria como "Rainha", saúda a Mãe de Deus como "Rainha da Paz"; em latim, Regina Pacis. Não poderia ser diferente, já que ela é a mãe do "príncipe da paz" (cf. Is 9,5).
Ela experimentou na própria carne a violência que o pecado provoca no mundo. Quando apresentou seu filho no templo, ouviu a profecia do velho Simeão: "Este menino será causa de queda e de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição e, a ti, uma espada transpassará tua alma! - e assim serão revelados os pensamentos de mumitos corações" (Lc 2, 34-35). Esta espada tocou o fundo da alma de Maria no momento em que viu seu filho na cruz. Não é difícil imaginar sua dor no momento em que recebeu no colo, seu filho já sem vida. Mas, qual teria sido a sua reação? Desespero? Com certeza, não! Foi de uma dolorosa serenidade.
A genialidade de Michelangelo Bounarroti - artista do renascimento italiano - soube representar esta atitude na clássica imagem da Pietà. O que chama a atenção para quem observa bem esta escultura, conservada no Vaticano, é que o rosto não tem nada a ver com uma mulher de quarenta e cinco anos. Parece mais uma menina de 16 anos. Isto contrastou com o gênero próprio da época que costumava retratar a dor de Jesus e de Maria com cores bastantes fortes e expressivas da crueldade. Michelangelo mostrou com sua arte que, mesmo na dor maior, Maria permaneceu sendo Rainha da Paz.
Por meio de Maria recebemos a Paz que nossos primeiros pais perderam no início da criação por causa do pecado. Santo Irineu dizia que o nó da desobediência de Eva foi desfeita pela obediência de Maria. Se o salário do pecado foi a dor, a violência e a morte, por meio do sim de Maria chegou, até nós, em Jesus, a salvação e a paz.
A imagem do Apocalipse retrata bastante bem a Rainha da Paz: "Então apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida com o sol, tendo a lua debaixo dos pés e, sobre a cabeça, uma coroa de doze estrelas. Estava grávida e gritava em dores de parto, atormentada para dar à luz. Então apareceu outro sinal no céu: um grande Dradão, avermelhado como fogo. Tinha sete cabeças e dez chifres e, sobre as cabeças, sete diademas. Com a cauda, varreu a terça parte das estrelas do céu, atirando-as sobre a terra. O Dragão parou diante da Mulher que estava para dar à luz, pronto para devorar o seu Filho, logo que ela o desse à luz. E ela deuu à luz um filho homem, que veio para governar todas as nações com cetro de ferro. Mas o filho foi levado para junto de Deus e do seu trono. A mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um lugar, para que aí fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias" (Ap 12,1-6). Estas imagens fortes mostram que nossa vida é um combate espiritual. Maria e a Igreja se confundem na figura desta "mulher do apocalipse". Na verdade, Maria é um ícone no qual vemos a própria imagem da nossa humanidade redimida e da Igreja que busca vencer com a força do Espírito.
A devoção recente à Nossa Senhora Rainha da Paz parece ter sua origem em 1085, na cidade de Toledo, libertada das mãos dos Mouros. Vivemos, hoje, em um mundo muito violento. A segurança é um dos maiores desejos de nossas famílias. Toda criança sabe muito bem onde encontrará um refúgio seguro: no colo da mãe. Ao invicarmos Maria, como "Rainha da Paz", na verdade peimos seu colo, intercessão e exemplo. Aquela que viveu até o drama da morte do seu filho sem perder a paz vai nos ensinar o caminho para garantir paz entre marido e mulher, entre jovens e idosos, paz nas ruas e praças, paz nas cidades e nos campos.
Se o seu coração anda agitado e impaciente; se o stress tomou conta de seus dias e de suas noites, peça a intercessão da mãe:
           Rainha da Paz,
           rogai po nós!

domingo, 18 de setembro de 2011

Virgem das Virgens

                                                     
Este é um dos títulos mais conhecidos de nossa Mãe Maria. Aliás, é o mais antigo Dogma da Igreja: A Virgem Maria concebeu por obra do Espírito Santo. Encontramos essa afirmação clara no Evangelho de Mateus (1, 22-23) que reconhece em Maria o cumprimento da profecia de Isaías (7, 14): "Eis que a virgem conceberá e dará à luz um folho que será chamado Emmanuel', que significa Deus-Conosco".
A mesma afirmação da virgindade fecunda de Maria aparece claramente no Evangelho de Lucas (1, 26-38), no belo episódio da Anunciação. O Anjo Gabriel é o mensageiro que traz a notícia de Deus-Pai: "Eis que conceberás um Filho e o darás a luz e o chamarás Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo". "E o nome da virgem era Maria".
Nestes dois textos sagrados os evangelistas tem um cuidado todo especial de afirmar claramente a concepção virginal de Maria. Este Dogma é aceito por católicos e evangélicos. É um Dogma fundamental do Cristianismo. Mas, por quê? Aqui precisamos estar muitos atentos para não perder o "foco central da verdade". Há muitos devotos piedosos de Maria que vêem na virgindade apenas uma virtude humana, um mérito que teria tornado quela menina de Nazaré agradável aos olhos de Dus-Pai. Maria era bela, obediente, santa... mas o significado de sua virgindade ultrapassa infinitamente tudo do eu humano.
Jesus é Filho de Deus. É Deus. Os primeiros cristãos, ao afirmarem que o Messias teria nascido de uma Virgem, queriam dizer que Ele não era apenas verdadeiro homem. Era também verdadeiro Deus. Essa maravilhosa solidariedade entre o divino e o humano, no Coração de Jesus nos dá a certeza de nossa salvação.
Deus toca a nossa terra para nos abrir as portas do céu. A virgindade de Maria é o receptáculo deste mistério. Nele foi tecida a nossa salvação. Enquanto Maria, durante a gravidez, fazia as roupas que o menino Jesus iria usar , Deus, em seu útero, tecia a salvação da humanidade.
É sempre assim. As afirmações da Igreja sobre Maria, não são meros elogios. Ela não precisa de nossos louvores, ainda que todas as gerações a chamem de "bendita", conforme profetizou no Magnificat (cf. Lc 2,48). O que siz de Maria aponta para verdades sobre Jesus, que é Deus-Conosco, nosso Salvador, único Caminho verdadeiro para a Vida.
Por isso, algumas discussões sobre os Dogmas marianos, especialmente o da "Virgindade perpétua" devem fazer os anjos rir de pena desta pobre humanidade que se perde na periferia da coisas e esquece o essencial. Muitas vezes acabamos pecando contra a caridade por querer defender a verdade. Não é essa lógica da tal "Guerra Santa"? Em nome da verdade se mata! Esse é o fundamentalismo que leva ao terrorismo. Por outro lado, não se trata de relativizar as verdades e os Dogmas.
Maria é sempre Virgem, Jesus é Deus e nós somos todos irmãos. Maria une a terra e o céu. Está intimamente unida a Deus e ao povo. Sua Virgindade a tornou, para sempre, Sacrário do Altíssimo, Arca da nossa Salvação! 

sábado, 17 de setembro de 2011

Alegria, caminho de Deus



As virtudes são uma coroa de perólas na qual cada uma tem sua beleza e força. E, ligadas entre si pelo fio do amor, formam uma unidade. A alegria é uma virtude sempre urgente. Se toda virtude procede de Deus e é uma participação de sua natureza, podemos nos perguntar: 'Deus alegre?'. Lemos em Neemias: "Não vos entristeçais, pois a alegria do Senhor é a vossa força (Ne 8,10). O amor vivido no seio da Trindade Santa é eterna alegria.
As parábolas de Jesus relatam a alegria da salvação. Lembramos a parábola da ovelha pertida, do pai misericordioso e o filho pródigo, no acolhimento dos pecadores como Zaqueu. Os encontros com Jesus eram sempre de alegria. Essa alegria do povo nascia da alegria de Jesus em poder entregar às pessoas o Reino que recebera do Pai e agora tornava presente. Ele foi "ungido com óleo da alegria" (Sl 97,7). A salvação é fonte de alegria, como narra Isaías: "Portanto, com alegria, tirareis águas das fontes da salvação" (Is 12,3).
A alegria do Pai é ver a alegria dos filhos. O que Jesus sempre pregou foi o amor uns aos outros. Ensina: "Este é meu mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei" (Jo 15,12). Este amor 
se constrói dentro de uma comunidade e é a alegria de viver, como lemos em Atos: "Dia após dia, unânimes, freqüentavam o Templo e partiram o pão pelas casas, tomando o alimento com alegria e simplecidade de coração" (At 2,46). Essa alegria é alimentada pelo Espírito Santo: "Os discípulos, porém, estavam cheios de alegria e do Espírito Santo" (At 13,52), pois o Rino de Deus... é justiça, paz e alegria no Espírito Santo" (Rm 14,17). Jesus comunicou a alegria a seus discípulos e quer que seja uma dominante da comunidade nascente. Uma das experiências mais autênticas de Deus é o sentimento de profunda alegria que nos invade. Há uma razão: a presença de Deus em nós.
Retomando o texto de Neemias "não vos entristeçais, pois a alegria do Senhor é a vossa força" (Ne 8,10), notamos que alegria nos coloca acima das dificuldades da vida.
Seremos úteis ao mundo se formos instrumentos da alegria de Deus. Ela aliviará a cruz que carregamos. Cultivar a tristeza, mesmo com razão, não edifica. Alegrai-vos sempre no Senhor! (Fl 4,4).