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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Maria, Mãe de Deus!

                                               

A Igreja neste dois mil anos resumiu as verdades sobre Maria em quatro afirmações fundamentais: ela é sempre Virgem, Mãe de Deus, Imaculada e Assunta aos Céus. Na verdade não são verdades sobre Maria. Mas encontramos no rosto da Mãe as feições do seu Filho. Quer ver? Dizer que Maria é sempre Virgem é professar a fé bíblica de que ela concebeu por obra e graça do Espírito Santo. Ou seja, aquele que dela nasceu é o Filho de Deus. Jesus é Deus. Dizer que Maria é Mãe de Deus é um pouco mais complicado. Essa é a festa que todos os anos para quase despercebida no dia primeiro de janeiro. Surgiu da afrimação litúrgica da Igreja do oriente de que Maria é Theotokos, ou seja, Mãe de Deus.
Na verdade, nos primórdios do cristianismos muitos acabavam duvidando que Jesus fosse mesmo humano. Como Deus pode Se sujeitar a um corpo mortal? É humildade demais. Por isso algumas pessoas dividiam o Cristo Deus do Jesus humano.
Quando o poeta cantou que Maria é Mãe de Deus, confundiu a cabeça dos hereges e clareou a Doutrina oficial da Igreja Católica. Não poderia mais haver separação entre a natureza humana e Divina em Cristo. Ele realmente assumiu a nossa carne. A Encarnação do Verbo não foi um faz-de-conta. Ele Se rebaixou, Se humilhou (cf. Fl, 2, 5-11), armou a Sua tenda em nosso acampamento (cf. Jo1, 14).
Maria, é Mãe do Cristo todo. Desta união inseparável do Divinocom o humano. É Mãe de Jesus Cristo. É Mãe de Deus. O Dogma não diz que Maria é aquela que gerou Deus. Apenas revela uma verdade fundamental de nossa salvação: o Divino Jesus é humano como nós.
Estes foram os Dogmas do primeiro milênio da Igreja. Contemplando as verdades sobre Maria vemos a face de Jesus que verdadeiro Deus e verdadeiro homem, sem separação, nem confusão (Dogma de Calcedônia).
No segundo milênio vieram os outros dois Dogmas. Olhando Maria Imaculada pensamos na nossa origem, onde abundou o pecado. Em Jesus superabundou a graça. Maria foi preservada do pecado original. Ela estava tão livre quando Eva para dar a resposta. O sim de Maria não foi condicionado. Nossa vocação é sermos santos e imaculados. Olhando para Maria nos animamos a perseguir esse ideal da santidade.
O Dogma da Assunção aponta para o final. Maria foi "assumida" (tradução possível para assunção) em Deus, como todos nós seremos um dia. Veja que interessante: um Dogma aponta para a nossa origem e o outro para o nosso final em Deus.
Se no primeiro milênio os Dogmas revelavam a Face de Jesus, no segundo milênio os Dogmas revelam a identidade de cada um de nós. Maria é Mãe de Deus e nossa Mãe também. Através do Batismo somos Corpo de Cristo. Fomos gerados com Jesus no ventre de Maria. Ela é a Mãe da Igreja.
Se você quiser encontrar sua identidade cristã, volte-se para contemplar o rosto da Mãe. Insisto: não se pode conhecer bem um filho se não se conhece a mãe.

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