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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

As sete dores de Maria



O Calendário Litúrgico coloca em dias seqüenciados, no mês se setembro, a festa da Exaltação da Santa Cruz e a memória de Nossa Senhora das Dores. Fora do contexto da Semana Santa, temos assim nova oportunidade para refletir e viver os mistérios da Redenção, aos quais Nossa Senhora esteve sempre próxima, experimentando, a Imaculada, aflitivas dores, magnificadas no acontecimento do Calvário. Maria, a "peregrina da fé', mereceu de Isabe, na Visitação, diz o Santo Padre João Paulo II, "as palavras abençoantes: 'Feliz daquela que acreditou.'" E que "atingem a plenitude do seu significado, quando ela está aos pés da cruz do seu Filho (cf. Jo 19,25)."
A presença de Maria, nos sofrimentos da Salvação, pode ser meditada no cântico de antiga Seqüência, alusiva às dores de Maria, acompanhando Jesus: "Stabat Mater dolorosa..., Estava a Mãe dolorosa/ Junto da Cruz, lacrimosa,/ Vendo o Filho que pendia./ A sua alma agoniada/ Se partia atravessada/ No gládio da profecia."
Santo Afonso de Ligório, em seu preciosp livro "Glórias de Maria", faz inspiradas reflexões sobre cada uma das sete dores da nossa Mãe Santíssima: primeira, as Profecias de Simeão; segundo, a Fuga para o Egito; terceira, a Pedra de Jesus no Templo; quarta, o Encontro com Jesus caminhando para a morte; quinta, a Morte de Jesus; sexta, a Lançada e a Descida da Cruz; sétima, o Sepultamento de Jesus. Especialmente junto à Cruz, vendo o seu Filho ensangüentado, Nossa Senhora estava, em silêncio, vivendo o ue diria, depois, o apóstolo São Paulo: "Quanto a nós, devemos gloriar-nos na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo; n'Ele está a nossa ressurreição." (Gl 6,14).
No Antigo Testamento, como em uma antecipação do Cristo crucificado, encontra-se descrição muito pormenorizada, no livro do Profeta Isaías. Ali, no capítulos 52-53 do chamado Livro da Consolação de Israel, atrbuído a um profeta conhecido apenas como o Segundo Isaías, lê-se o Quarto Cântico do Servo de Javé, onde está escrito: "Eis que meu servo prosperá, crescerá, se elevará e será muito exaltado! Como pasmaram muitos à sua vista pelo seu aspecto tão desfigurado - não tinha mais aparência humana - também pasmarão muitas nações! (...) Nós o reputamos como marcado, como ferido por Deus e humilhado. Mas ele era traspassado pelos nossos crimes. (...) Maltratado, ele se submeteu e não abriu a boca. Como um cordeiro levado ao matadouro, como uma ovelha calada ante o tosquiador, ele não abriu sua boca."
À Maria, sofrendo na presença de Jesus Crucificado, e pr todas as suas dores, pode se aplicar a exclamação trazida de sofrimento do livro das Lamentações: "A quem te comparar, ó Virgem, filha de Sião? É imensa, como o mar, tua aflição."
Dom Guéranger nos lembra que "a Rainha dos Mártires nunca deixa de encorajar os seus filhos na terra a suportar as próprias cruzes, complementando a Paixão do Cristo que nos precede em todos os sofrimentos e dificuldades."
Confiantes no amparo de Nossa Senhora das Dores, sejamos, pois, fortalecidos em nossas fraquezas, de modo a poder realizar em nossas vidas o que disse o apóstolo São Paulo: "Agora eu estou contente com os sofrimentos que tenho de suportar por vós. Porque assim completo na minha carne o que falta às tribulações de Cristo, em favor do seu Corpo, que é a Igreja."

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