Na hóstia consagrada está presente o próprio Cristo, em corpo, sangue, alma e divindade.
A festa de Corpus Christi originou-se a partir das visões da Ir. Juliana de Mont Cornillon, agostiniana, nascida em Liége, na Bélgica, em 1193. Com apenas 17 anos de idade começou a ter visões, nas quais Jesus pedia uma festa anual para agradecer o Sacramento da Eucaristia. Em 1231, aos 38 anos, Ir. Juliana confidenciou esse segredo ao Cônego Tiago Pantaleão. Em 1261 ele foi eleito Papa e adotou o nome de Urbano IV. Antes de sua morte, escreveu a Bula Tansiturus, em 1264, instituindo a Festa Corpus Christi, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade. A quinta-feira foi escolhida porque a Eucaristia foi celebrada por Jesus neste dia, na véspera da sua Paixão, na sexta-feira.
O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão devido à sua morte, mas algumas igrejas adotaram a festa, como a diocese de Colônia, na Alemanha. Porém, Corpus Christi tornou-se uma festa universal 50 anos depois, quando o Papa Clemente confirmou a bula de Urbano IV nas Constituições Clementinas do Corpus Júris, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial.
Antes de tudo isso acontecer, no século XI, surgiram questionamentos sobre a presença real de Cristo na hóstia consagrada e o povo cristão reagiu intensificando as formas de devoção e adoração. As devoções eram centralizadas nas relíquias dos santos e, para atrair a devoção para a pessoa de Jesus, a Igreja favoreceu-se desta festa. Assim, os ostensórios com a hóstia consagrada como uma "relíquia" de Jesus, substituíram os relicários e foram apresentadas ao povo para adoração.
A Bíblia não apresenta a Eucaristia como um mero "símbolo" do corpo de Cristo. Na hóstia consagrada está presente o próprio Cristo, em corpo, sangue, alma e divindade.
Olhar para Jesus no Sacramento do Altar nos dá a consciência de que somos amados por Deus e passamos a reconhecer os sinais desse amor em nossa vida.
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