Ela se deixou questionar pelo mistério; seu espírito fica perturbado porque não vê claro o caminho que Deus quer que ela trilhe. Maria pensa sobre o sentido profundo da vida, dos fatos do dia a dia, pois é através deles que Deus se revela e vem ao nosso encontro. O Evangelho de Lucas acentua que Maria, ainda que intrigada, não se deixa atemorizar pela palavra do Anjo, mas se deixa motivar por ela, porque é penetrando essa palavra que pode descobrir o caminho de Deus.
Maria se pôs a caminho para a casa de Isabel, e o fez apressadamente. Tratava-se de ajudar, de colocar-se a serviço, pois ela é a Serva do Senhor e da Humanidade. Duas mulheres grávidas se encontram e estão a serviço da vida. O encontro não se dá no Templo, mas no ambiente doméstico. A casa é o lugar da grande explosão missionária de Maria de Nazaré e de Isabel, mãe do profeta João Batista. Lucas nos leva a pensar que a mulher faz do ambiente doméstico o lugar sagrado onde celebra a vida, o templo onde a vida se manifesta nas suas limitações e carências mais básicas. Com duas mulheres, começa uma nova história.
Continuando o caminho de Maria, vamos encontra-lá no contexto político do recenseamento que conhecemos. Estando em Belém, completaram-se os primogênito. Começa uma nova era com os traços de um novo nascimento, de uma nova vida e de um novo modo de viver. O conjunto dos acontecimentos que narram o nascimento e a infância de Jesus traz uma carga teológica extraordinária. Junto com José, Maria guarda e medita tudo em seu coração.
Como coroamento de toda essa caminhada, Lucas fala de Maria no nascimento da Igreja, ao escrever os Atos dos Apóstolos. No dia de Pentecostes, ela recebe o Espírito Santo junto com os apóstolos reunidos no cenáculo.
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